segunda-feira, 13 de abril de 2009

Em busca de ti

Não posso mais te esperar
O coração não aguenta
A vontade não segura
A mente não responde

Não sei onde procurar
O que procurar,
Nem se vou te encontrar

Meus olhos ofuscam em busca de ti
Sem saber que traços vou achar
Sem saber o perfume teu
Nem se vou aguentar

Ando a te procurar
Por toda minha vida
Ter você é encontrar o caminho
Que pra sempre quero seguir

Não vai ser pra sempre assim

Hoje eu quero isso, amanhã aquilo.
Aquela velha história de que minha escolha de hoje é para todo o sempre já morreu. Se eu escolhi fazer Publicidade ontem e hoje já quero Gastronomia, posso. Se eu casei e não quero mais, eu descaso. Se eu estou no meu trabalho há pouco tempo e quero mudar, eu mudo.
Hoje não existem mais contratos eternos, nem juras sem volta, nem lanços atados. O mundo hoje é movido pelas mudanças.
Eu mudo de acordo com as minhas vontades, danço a minha música, escrevo as páginas que já se viraram. As que estão por vir, estão por vir. O medo que antes eu tinha de sair da minha zona de conforto é hoje a base da minha vontade de mudar. A certeza de que o que eu tenho hoje não ser o que eu quero, me move para o inesperado, o inapropriado e o incomum. É lá que eu acho minhas forças e minha essência.
O inusitado me atrai. Me leva aonde eu suponho, hoje, ser meu lugar. E quanto mais eu consigo o que ontem eu queria, mais eu mudo o que espero do amanhã. Eu cansei de saber o amanhã. Eu quero desconhecer o amanhã. Quero morrer de medo de levantar amanhã. Quero pensar "E amanhã?".
O 'arroz e feijão' de todo dia já não me apetece mais. Já não me leva a lugar algum. O meu frenesi não está na certeza, mas na inconstância do amanhã.
É o amanhã que me traz, ou não, a chance de ser o que hoje eu almejo. É o amanhã que me dá chances de mudar. E são essas chances que vão me fazer levantar. Amanhã.

A brincadeira da vez

Em tempos de marasmo e o que nos resta mesmo é encontrar a brincadeira da vez. Quando todas as notícias já foram lidas, o jogo de ontem comentado e os emails respondidos as mentes ficam maquinando, mesmo que involuntariamente, uma maneira mais divertida de passar o tempo. Como mentes criativas não perdem uma, mas perdem um amigo, a oportunidade era boa demais para desperdiçar.
Aqui no trabalho tem o Brasil. Um cara bacana, mas com o apelido errado. Não teria como ser melhor, para nós, nem pior, para ele. Trocadilhos, sarcasmo e piadinhas sem graça já fazem parte do cotidiano do Brasil da mesa do lado.
Se tem alguém na frente do coitado, logo lançam lá longe "É por isso que o Brasil não vai pra frente". Se ele demora para sair pro almoço "Já virou Brasil". Se alguma coisa deu errada, já colocam a culpa no Brasil. Fora as diárias como "Vaaaaai Brasil", "Bom dia Brasil", "Valeu Brasil". Eu ficaria aqui a eternidade contando...
Mas não tem jeito. O cara não ta nem ai pra essa brincadeira chula, até ri, mas pegou e é inevitável não participar também! E a brincadeira continua... até alguém cansar, ou até acharmos um novo alvo!
Esse post "É do Brasil -il-il!"