Hoje eu quero isso, amanhã aquilo.
Aquela velha história de que minha escolha de hoje é para todo o sempre já morreu. Se eu escolhi fazer Publicidade ontem e hoje já quero Gastronomia, posso. Se eu casei e não quero mais, eu descaso. Se eu estou no meu trabalho há pouco tempo e quero mudar, eu mudo.
Hoje não existem mais contratos eternos, nem juras sem volta, nem lanços atados. O mundo hoje é movido pelas mudanças.
Eu mudo de acordo com as minhas vontades, danço a minha música, escrevo as páginas que já se viraram. As que estão por vir, estão por vir. O medo que antes eu tinha de sair da minha zona de conforto é hoje a base da minha vontade de mudar. A certeza de que o que eu tenho hoje não ser o que eu quero, me move para o inesperado, o inapropriado e o incomum. É lá que eu acho minhas forças e minha essência.
O inusitado me atrai. Me leva aonde eu suponho, hoje, ser meu lugar. E quanto mais eu consigo o que ontem eu queria, mais eu mudo o que espero do amanhã. Eu cansei de saber o amanhã. Eu quero desconhecer o amanhã. Quero morrer de medo de levantar amanhã. Quero pensar "E amanhã?".
O 'arroz e feijão' de todo dia já não me apetece mais. Já não me leva a lugar algum. O meu frenesi não está na certeza, mas na inconstância do amanhã.
É o amanhã que me traz, ou não, a chance de ser o que hoje eu almejo. É o amanhã que me dá chances de mudar. E são essas chances que vão me fazer levantar. Amanhã.
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